Mais a ocidente, na Estrada Regional, mesmo à entrada da artéria de acesso ao Miradouro do Escalvado, encontramos aquela “obra d’arte” que muitos apelidam de “monte de cascalho."
Em tempos idos, o Miradouro do Escalvado foi um local de determinada importância na atividade baleeira, pois ali existiu uma Vigia de Baleias da Fábrica dos Poços de São Vicente Ferreira.
Sendo uma das condições impostas a Portugal para entrada na então Comunidade Económica Europeia (CEE), a atividade baleeira foi extinta nos Açores, na década de oitenta do século passado.
A Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, querendo perpetuar a memória da atividade baleeira, construiu naquele local a imagem de um Cachalote a submergir nas águas do oceano. Para que tivéssemos uma imagem mais clarificada do projeto, o fundo devia ter sido preenchido com um material azul.
Para salvaguardar o “emblemático” projeto, devia-se ter vedado todo o espaço para evitar que animais, nomeadamente gado bovino que ali circula com regularidade, pisassem o espaço, pois são seres que não têm inteligência para tal. Mas há sempre outros seres, chico-espertos, inteligentes, que teimam em querer dar azo à sua esperteza, provocando atos de vandalismo em tudo o que lhes aparece pela frente. Tal foi a tamanha insensatez, que fizeram daquele espaço uma pista de motocross, saltando com motos de duas e quatro rodas sobre a réplica do cachalote. Escusado será dizer como ficou. Até para um trator que tinha falta de bateria, o dito cujo serviu de rampa.
Importa construir, mas há cuidar destes espaços para evitar a sua degradação.
Ora, toda a área envolvente encontra-se ao abandono, sem cuidados e sem limpeza...
Seguimos da Estrada Regional para o Miradouro do Escalvado.
Em tempos idos, o Miradouro do Escalvado foi um local de determinada importância na atividade baleeira, pois ali existiu uma Vigia de Baleias da Fábrica dos Poços de São Vicente Ferreira.
Sendo uma das condições impostas a Portugal para entrada na então Comunidade Económica Europeia (CEE), a atividade baleeira foi extinta nos Açores, na década de oitenta do século passado.
A Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, querendo perpetuar a memória da atividade baleeira, construiu naquele local a imagem de um Cachalote a submergir nas águas do oceano. Para que tivéssemos uma imagem mais clarificada do projeto, o fundo devia ter sido preenchido com um material azul.
Para salvaguardar o “emblemático” projeto, devia-se ter vedado todo o espaço para evitar que animais, nomeadamente gado bovino que ali circula com regularidade, pisassem o espaço, pois são seres que não têm inteligência para tal. Mas há sempre outros seres, chico-espertos, inteligentes, que teimam em querer dar azo à sua esperteza, provocando atos de vandalismo em tudo o que lhes aparece pela frente. Tal foi a tamanha insensatez, que fizeram daquele espaço uma pista de motocross, saltando com motos de duas e quatro rodas sobre a réplica do cachalote. Escusado será dizer como ficou. Até para um trator que tinha falta de bateria, o dito cujo serviu de rampa.
Importa construir, mas há cuidar destes espaços para evitar a sua degradação.
Ora, toda a área envolvente encontra-se ao abandono, sem cuidados e sem limpeza...
Seguimos da Estrada Regional para o Miradouro do Escalvado.
Considerado o ex-libris da Várzea, aí encontramos uma magnífica vista sobre o mar, uma panorâmica geral da costa oeste da Ilha de São Miguel e uma magnífica paisagem sobre a Ferraria e toda a região dos Mosteiros. Em dias claros e límpidos divisa-se no horizonte a Ilha Terceira.
Na Ponta do Escalvado podemos observar o fenómeno espetacular do Pôr-do-Sol.
O Miradouro do Escalvado sempre foi um local muito admirado e estimado pelas gentes desta terra. Outrora, ao Domingo, eram muitas as pessoas que iam passar a tarde no Miradouro. Cantavam, dançavam e confraternizavam. São memórias de um passado que perpetuam na mente de todos quantos ali passaram bons momentos e que deles recordam com saudade.
Recentemente encontramos no site do Governo Regional dos Açores (http://parquesnaturais.azores.gov.pt/…/ar…/ponta-o-escalvado) que a Ponta do Escalvado é uma área protegida para gestão de habitats e ou espécies, numa área total de 67,9 ha, entre a Ponta da Ferraria e a Freguesia dos Mosteiros.
Recentemente encontramos no site do Governo Regional dos Açores (http://parquesnaturais.azores.gov.pt/…/ar…/ponta-o-escalvado) que a Ponta do Escalvado é uma área protegida para gestão de habitats e ou espécies, numa área total de 67,9 ha, entre a Ponta da Ferraria e a Freguesia dos Mosteiros.
Ora, o que se tem passado nos últimos anos naquele local não deixa ninguém indiferente. O que nos entra pelos olhos dentro é de todo uma situação reprovável, quer pelos habitantes desta terra, quer por outros que residem noutras localidades da Ilha de São Miguel e que de vez em quando visitam o local.
Compreendemos que a Agropecuária é um setor de determinada importância para a economia regional, mas tudo tem o limite do aceitável.
Lamentavelmente, de vez em quando, ouve-se dizer que “os turistas gostam de tirar fotografias às vacas."
É verdade… Os turistas gostam muito de fotografar as nossas vacas!
O que os turistas não gostam é quando saem à rua no Miradouro do Escalvado, para se deliciarem com a paisagem e até com o magnífico Pôr-do-Sol que dali se avista, é do cheiro nauseabundo e insuportável e das colónias de mosquitos que querem devorar tudo o que lhes aparece pela frente.
No verão passado assistimos a uma situação que deve servir de alerta para as autoridades na área ambiental e sobretudo preocupar quem tem responsabilidades na área turística: chegou um autocarro de uma Empresa de Transporte Públicos. Após o estacionamento, o motorista abriu as portas para os turistas, na sua maioria de idade sénior, saírem. Uma parte deles, nomeadamente senhoras, saíram e entraram rapidamente no autocarro por causa do mau cheiro e do enxame de mosquitos, pedindo ao motorista para fechar as portas.
É assim que queremos vingar no setor turístico?
É com esta imagem que pretendemos receber quem nos visita?
Onde andam as autoridades competentes da área ambiental?
Como se aprova uma situação destas numa área protegida?
É deveras uma situação vergonhosa para a qual se impõe bom censo e respeito pelo bem comum.
Se queremos que a nossa Região, que tem uma paisagem extraordinária e única no mundo, vingue no setor turístico, situações destas, em espaços públicos de determinada importância turística, têm mesmo de ser erradicadas.
As comunicações são essenciais no nosso dia-a-dia para comunicarmos e relacionarmo-nos com os outros. Isto para dizer que nada temos contra a antena de rede móvel e de radiodifusão que foi instalada no Miradouro do Escalvado. Temos sim a lamentar a instalação dos postes de rede elétrica para alimentar os equipamentos instalados na respetiva antena. Não havendo nada a impedir a passagem do cabo elétrico, porque foram os postes instalados aos ziguezagues? Ridículo! Pois… aí houve requisitos legais a cumprir. É pena que os requisitos legais sejam apenas e só para o que interessa. Já que falamos nos postes, seria oportuno a colocação de iluminação para segurança de quem ali circula durante a noite.
Há ainda a lamentar os atos de vandalismo que ali se têm verificado nas últimas décadas. Recorde-se o pórtico que num dia estava de pé e no outro estava reduzido a um monte de pedra. Recorde - se ainda os (dois) binóculos que recentemente foram instalados ao abrigo do Orçamento Participativo do Município de Ponta Delgada, poucos dias após a inauguração, os do lado direito foram arrancados e nunca mais foram vistos.
Para terminar, urge o embelezamento de toda a envolvente do Miradouro do Escalvado.
Há bem poucos anos foi sugerido a construção de um jardim com arruamentos, zona de lazer e instalações sanitárias.
Foi ainda sugerido a construção de um novo parque de estacionamento ou ampliação do existente para parqueamento dos autocarros que diariamente, com bastante dificuldade, ali estacionam.
Seria um projeto interessante que viria dar ao Miradouro do Escalvado o tratamento que ele merece.
Seria um projeto interessante que viria dar ao Miradouro do Escalvado o tratamento que ele merece.
Luís Cordeiro